Os Lusíadas (Estrutura)
- Os Lusíadas estão divididos em dez cantos
- Cada canto tem um número variável de estrofes, que, no total, somam 1102.
- O poema está escrito em versos decasssilábicos. (com predomínio do decassílabo heróico: acentuação na 6ª e 10ª sílabas).
- As estrofes são todas oitavas (agrupadas de 8 em 8)
- O esquema rimático é: "abababcc" (rimas cruzadas, nos seis primeiros versos, e emparelhada, nos dois últimos).
- Proposição
- O poeta começa por declarar aquilo que se propõe fazer, indicando de
forma breve o assunto da sua narrativa. Propõe-se "cantar" (narrar em verso=EPOPEIA) e glorificar os heróis e a história de Portugal.
- Inovação
- O poeta pede auxílio às entidades superiores (como as Tágides (ninfas do Tejo) e os deuses), para lhes pedir o
estilo e eloquência necessários à execução da sua obra; um assunto tão
grandioso exigia um estilo elevado, uma eloquência superior; daí a
necessidade de solicitar o auxílio das entidades protectoras dos
artistas (a Musa).
- Dedicatória
- É a parte em que o poeta oferece a sua obra ao rei D. Sebastião. A
dedicatória não fazia parte da estrutura das epopeias primitivas;
trata-se de uma inovação posterior, que reflete o estatuto do artista,
intelectualmente superior, mas social e economicamente dependente de um
mecenas, um protector.
- Narração - Constitui o núcleo fundamental da epopeia. Aqui, o poeta procura concretizar aquilo que se propôs fazer na "proposição".
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