quarta-feira, 4 de março de 2015

Os Lusíadas (Estrutura)

  • Estrutura externa:
    •  Os Lusíadas estão divididos em dez cantos
    • Cada canto tem um número variável de estrofes, que, no total, somam 1102.

    • O poema está escrito em versos decasssilábicos. (com predomínio do decassílabo heróico: acentuação na 6ª e 10ª sílabas).

    • As estrofes são todas oitavas (agrupadas de 8 em 8)

    • O esquema rimático é: "abababcc" (rimas cruzadas, nos seis primeiros versos, e emparelhada, nos dois últimos).


  • Estrutura interna:
    • Proposição - O poeta começa por declarar aquilo que se propõe fazer, indicando de forma breve o assunto da sua narrativa. Propõe-se "cantar" (narrar em verso=EPOPEIA) e glorificar os heróis e a história de Portugal.


    • Inovação - O poeta pede auxílio às entidades superiores (como as Tágides (ninfas do Tejo) e os deuses), para lhes pedir o estilo e eloquência necessários à execução da sua obra; um assunto tão grandioso exigia um estilo elevado, uma eloquência superior; daí a necessidade de solicitar o auxílio das entidades protectoras dos artistas (a Musa).


    • Dedicatória - É a parte em que o poeta oferece a sua obra ao rei D. Sebastião. A dedicatória não fazia parte da estrutura das epopeias primitivas; trata-se de uma inovação posterior, que reflete o estatuto do artista, intelectualmente superior, mas social e economicamente dependente de um mecenas, um protector.


    • Narração - Constitui o núcleo fundamental da epopeia. Aqui, o poeta procura concretizar aquilo que se propôs fazer na "proposição".

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